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Um breve Olhar sobre o Autismo.

Foto do escritor: PsikikaPsikika

O autismo, também conhecido por perturbação do espectro do autismo (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits a nível da interação social, pela presença de comportamentos repetitivos e por interesses restritos (Hodges et al., 2020). Uma criança com autismo comumente apresenta padrões restritos de atividades, comportamentos estereotipados, interesses limitados, ausência na comunicação, empobrecimento de brincadeiras e muitas vezes tem um reduzido contato com o mundo exterior.


Também poderá apresentar vários sintomas como: embotamento afetivo, agressividade e déficits cognitivos. Mesmo apresentando esses sintomas, na maioria dos casos existe a negação e aceitação do diagnóstico como defesa da família, sendo que o tratamento é procurado quando as crianças já estão na fase escolar (Goretti, 2014). Para Correa e colaboradores (2018), o nível de funcionamento intelectual das pessoas com autismo apresenta uma grande variabilidade.


A criança com autismo não desenvolve a sua socialização e comunicação de forma normativa, acabando por apresentar problemas ao nível da cognição, atraso ou ausência da comunicação verbal, dificuldade no contacto afetivo, bem como fixação em determinados objetos.


O autismo é apresentado de formas diferenciadas dependendo da gravidade da condição, do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo (Correa et al., 2018). Também segundo Hodges e colaboradores (2020), é um distúrbio neurobiológico influenciado por fatores genéticos e ambientais que afetam o desenvolvimento do cérebro. Nos primeiros anos de vida, os sinais do autismo não são tão percetíveis ao senso comum e na maioria das vezes não são valorizados ou aceites pelos pais, médicos ou familiares.



É recorrente a preocupação com a criança surgir quando esta começa a apresentar sinais de forma persistente tais como: ausência da fala e ausência de interações sociais (Vieira, 2013). De acordo com um estudo realizado por Minatel e Matsukura (2014), observou-se que, em contexto familiar, o autismo compromete a dinâmica e condiciona as rotinas de todos os membros da família. Atividades diárias tais como acompanhamento escolar e de saúde, atividades sociais, estabelecimento de rotinas e horários são estabelecidos e organizados em torno do membro da família com autismo limitando a família às suas rotinas padronizadas podendo gerar desgaste e tensão familiar.


Referências:


  • Correa, B., Simas, F., & Portes, J. R. M. (2018). Metas de Socialização e Estratégias de Ação de Mães de Crianças com Suspeita de Transtorno do Espectro Autista. Revista Brasileira de Educação Especial, 24(2), 293– 308. https://doi:10.1590/s1413-65382418000200010

  • Goretti, A. C. D. S., Almeida, S. F. C. D., & Legnani, V. N. (2014). La relación madrehijo en la estimulación temprana: una mirada psicoanalítica. Estilos da Clínica, 19(3), 414-435.

  • Hodges, H., Fealko, C., & Soares, N. (2020). Autism spectrum disorder: definition, epidemiology, causes, and clinical evaluation. Translational Pediatrics, 9(S1), S55–S65. https://doi:10.21037/tp.2019.09.09

  • Minatel, M. M., & Matsukura, T. S. (2014). Famílias de crianças e adolescentes com autismo: cotidiano e realidade de cuidados em diferentes etapas do desenvolvimento. Revista de Terapia Ocupacional Da Universidade de São Paulo, 25(2), 126. https://doi:10.11606/issn.2238-6149.v25i2p126-134

  • Vieira, C. B. M., & Fernandes, F. D. M. (2013). Qualidade de vida em irmãos de crianças incluídas no espectro do autismo. In CoDAS (Vol. 25, pp. 120-127). Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.

 

Saudações Psikikas

J.P.


 


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