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Dislexia - diz-lexia.

A dislexia corresponde a uma perturbação de aprendizagem caracterizada por um desempenho na leitura substancialmente abaixo daquilo que seria de esperar, no que se refere à exatidão, velocidade ou compreensão verbal, em função da idade cronológica da criança e do nível de escolaridade. Trata-se, no fundo, de uma dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, que se caracteriza por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras.


A dislexia é uma das causas mais frequente de baixo rendimento e insucesso escolar, sendo que, estudos realizados em Portugal sugerem uma percentagem de 5,4% de crianças com dislexia.


Assim, a dislexia é um transtorno do neurodesenvolvimento, de origem biológica caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita em crianças com inteligência dentro da média para a sua faixa etária.


Por outro lado, vários são os sentimentos que as crianças com dislexia experimentam, dos quais destaco sentimentos de insegurança relativamente a atividades de leitura e escrita, de desapontamento, de frustração por se sentirem incapazes, etc…, fazendo com que as crianças possam apresentar uma autoestima fragilizada relativamente às aprendizagens escolares e, como forma de proteção, evitem as situações de ameaça (atividades de leitura e escrita).

De forma a reduzir os sintomas emocionais da criança com dislexia é essencial o fornecimento do apoio apropriado, permitindo-lhe experiências tão positivas quanto possível. Neste sentido, o apoio e acompanhamento psicológico é fundamental. Paralelamente, é necessário contrariar a abordagem baseada no erro e reforçar positivamente as capacidades e progressos que a criança revela. Só deste modo, poderá reverter-se os sentimentos de fracasso numa espiral de valorização das suas capacidades, edificando sentimentos de crescente autoestima e motivação.


Principais Sintomas neuropsicológicos:


Ø Na Fala

  • Atraso no desenvolvimento da fala;

  • Dificuldades em formar palavras de forma correta, como trocar a ordem dos sons e confundir palavras semelhantes;

  • Erros de pronuncia, incluindo trocas, omissões, substituições, adições e misturas de fonemas;

  • Dificuldade em nomear letras, números e cores;

  • Dificuldade em atividades de aliteração e rima;

  • Dificuldade para se expressar de forma clara.


Ø Na leitura

  • Dificuldade em descodificar palavras;

  • Erros no reconhecimento de palavras, mesmo as mais frequentes;

  • Leitura oral devagar e com erros (pouca fluência verbal);

  • Compreensão de textos prejudicada como consequência da dificuldade de descodificação;

  • Vocabulário reduzido.


Ø Na escrita

  • Erros na soletração e ortografia, mesmo nas palavras mais frequentes;

  • Omissões, substituições e inversões de letras e/ou sílabas

  • Dificuldade na escrita de textos, com velocidade abaixo do esperado para a idade e a escolaridade da criança.


Ø Na lateralidade (confusão entre o lado direito e o esquerdo)


Tratamento

A dislexia não corresponde a um atraso maturativo transitório nem a problemas de visão. É uma perturbação neurológica que necessita de uma intervenção precoce e especializada.


Desta forma, o tratamento necessita de ser realizado junto de uma equipa multidisciplinar que deve realizar trabalhos como:

Intervenção psicológica;

Terapia ocupacional;

Terapia da fala

Intervenção educativa individualizada,

Reabilitação neuropsicológica.


Assim, uma intervenção bem-sucedida depende de uma avaliação criteriosa e multidisciplinar ou interdisciplinar.


Quando a dislexia é diagnosticada e tratada precocemente, os impactos emocionais e comportamentais são minimizados e a criança consegue suprir as suas dificuldades e prosseguir nos processos de aprendizagem.



 

Com um até já Psikiko! J.C.


 



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