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Perturbações do comportamento alimentar - Sabe o que é a Perturbação de Compulsão Alimentar Periódica (PCAP)?


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As perturbações alimentares correspondem a um conjunto de distúrbios associados á alimentação, cuja principal característica é uma exagerada preocupação com o peso corporal, que gera comportamentos alimentares anómalos, com risco para a saúde. Geralmente, associam-se a emoções, atitudes e comportamentos excessivos em tudo o que se refere ao peso e à comida, caracterizando-se assim por perturbações com influencia física e emocional que podem colocar a vida do indivíduo em risco.


Existem diversos tipos de perturbações alimentares, no entanto, os mais comummente abordados são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e a perturbação da compulsão alimentar periódica.


Iremos focar-nos na Perturbação de Compulsão Alimentar Periódica (PCAP), considerado a sua prevalência, cada vez mais comum nos dias de hoje. Caracteriza-se por episódios recorrentes de consumo excessivo de alimentos, de forma descontrolada acompanhados por uma sensação de perda de controlo. Ao contrário da Bulimia Nervosa, não envolve comportamentos como o vómito, uso de laxantes ou tentativa de compensação das calorias ingeridas através de outros mecanismos como o exercício físico, o que pode levar a uma maior sobrecarga física e emocional.


Estes episódios de compulsão alimentar, ocorrem de forma esporádica, estando associados ao consumos de grandes quantidades de comida de forma impulsiva. São frequentemente seguidos por sentimentos de culpa, vergonha ou arrependimento o que pode ter um impacto significativo na autoestima e no desenvolvimento de outros problemas como a ansiedade e depressão.



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As causas da PCAP não está clarificada, contudo acredita-se que resulte de uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais. Pressupõe-se que o seu desenvolvimento ou manifestação possa estar associado a elevados níveis de stress, historial de dietas restritivas, experiencias emocionais negativas e/ou potencialmente traumáticas assim como a alterações ao nível da estrutura ou funcionamento cerebral, sobretudo nas áreas corticais envolvidas na regulação do apetite e/ou das emoções.

 

No que diz respeito ao tratamento, o recurso a psicoterapia como o recurso a terapia psicodinâmica, explora o impacto de experiências passadas e conflitos inconscientes que podem influenciar os comportamentos alimentares. Esta abordagem tem como principal objetivo compreender os processos emocionais subjacentes e o modo como eles afetam o comportamento presente, incluindo os episódios de compulsão alimentar. A terapia psicodinâmica pode ajudar os pacientes a compreender melhor as suas emoções e a forma como lidam com o stress, permitindo-lhes desenvolver formas mais saudáveis de lidar com as dificuldades emocionais.


Técnicas de mindfulness (atenção plena), podem também  ajudar a estar mais consciente dos seus pensamentos, emoções e sinais de fome, tomando decisões mais informadas sobre a alimentação. Pode ainda ajudar a reduzir o comportamento impulsivo associado à compulsão alimentar, promovendo um maior controlo sobre a alimentação. Este apoio, conjugado com o aconselhamento nutricional, pode ajudar os pacientes a estabelecer uma relação mais saudável com a comida, promovendo hábitos alimentares mais equilibrados.


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A terapia de grupo pode também ser uma ferramenta bastante importante, na medida em que oferece um ambiente de apoio, onde os indivíduos podem partilhar experiencias e trocar estratégias. A participação em dinâmicas de grupo pode reduzir o isolamento social que muitas vezes resulta de sentimentos de culpa e vergonha relacionados com os comportamentos alimentares.


Em casos mais severos sobretudo aqueles em que existe comorbilidades com outras perturbações, o recurso a terapêutica farmacológica torna-se essencial para a redução da sintomatologia associada, contribuindo para uma melhoria no bem-estar geral do indivíduo. De um modo geral, considerando a influencia multifatorial da Perturbação de Compulsão Alimentar Periódica, o tratamento deve ser individualizado e combinar diversas abordagens terapêuticas de modo a obter um melhor resultado para o indivíduo.


Estamos aqui, na PSIKIKA, para o ajudar.

91 425 07 10




Um até já PSIKIKO,

BB.

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